Afonso Pedro de Alcântara de Bragança
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Dom Afonso Pedro | |
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Príncipe Imperial do Brasil | |
Período | 23 de fevereiro de 1845 - 11 de janeiro de 1847 |
Predecessor | D. Januária |
Sucessor | D. Pedro Afonso |
Nome completo | |
Afonso Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon | |
Casa | Bragança |
Pai | D. Pedro II do Brasil |
Mãe | D. Teresa Cristina |
Nascimento | 23 de fevereiro de 1845 Palácio de São Cristovão, Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 11 de janeiro de 1847 (1 anos) Palácio de São Cristovão, Rio de Janeiro, Brasil |
Dom Afonso Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon foi o primogênito do imperador D. Pedro II do Brasil e de D. Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1845 — Rio de Janeiro, 11 de junho de 1847).
[editar]Infância
Afonso Pedro de Alcântara Cristiano Leopoldo Filipe Eugênio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu em 23 de fevereiro de 1845, sendo filho de dom Pedro II, Imperador do Brasil e dona Teresa Cristina, princesa das Duas Sicílias. Seus avós paternos eram dom Pedro I, Imperador do Brasil e dona Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, enquanto seus avós maternos eram Francisco I, rei das Duas Sicílias e dona Maria Isabel, infanta daEspanha.[1] O príncipe logo após seu nascimento foi carregado nos braços por seu pai, o Imperador dom Pedro II, que sob fortes emoções, o apresentou as pessoas que o cercavam no paço e falou: "Senhores, é um Príncipe que Deus." No entanto, os soluços e a emoção o impediram de terminar a frase. Meses depois, quando dom Pedro II estavam em viagem ao sul do Brasil, o mordomo do Paço Paulo Barbosa enviou uma carta datada de 5 de dezembrode 1845 ao Imperador para colocá-lo a par da situação do filho:[2]
"Graças a Deus, Sua Alteza Imperial tem passado bem, segundo as quotidianas notícias que da Corte me chegam. [.] Além da ama bela, gorda e saudável, tem Sua Alteza Imperial uma outra de vinte e um anos, aprovada pelo barão de Igaraçu, muito bonita, alegre, saudável e com uma linda filha muito rechonchuda, da mesma idade que Sua Alteza Imperial. [.] Portanto, se a atual ama deixada por Vossa Majestade Imperial adoecer, Sua Alteza Imperial tem essa a dois passos do Paço e, além desta, a mulher do Falcão, que também está aprovada. Digo tudo isso para tranqüilizar Sua Majestade a Imperatriz, quando por acaso lhe chegasse tal artigo à mão".
Afonso era um bebê bastante saudável e sendo o filho mais velho de dom Pedro II, tornou-se imediatamente seu herdeiro e recebeu o título de Príncipe Imperial do Brasil.[1] O jovem príncipe possuía traços muito semelhantes aos de seu pai no formato do rosto, cabelos e olhos[3] e talvez por esta razão, e por ser o herdeiro da coroa, todos os olhares se voltavam para ele.[1] Entretanto, era por parte do imperador que mais recebia atenção, como se pode perceber em uma carta de dom Pedro II para sua irmã, dona Maria II, rainha de Portugal datada de 21 de dezembro de 1846:
"De cá nenhuma nova lhe tenho a comunicar a não ser as da boa saúde minha, da Imperatriz e dos pequenos, que se tornam cada vez mais bonitos, principalmente Afonsinho, que já anda e diz muitas palavras ainda meio ininteligíveis, o que ainda mais graça tem".[1]
O pequeno príncipe contraiu febre amarela [3] e faleceu com pouco mais de dois anos de idade no dia 11 de junho de 1847. A dor do casal de imperadores foi enorme, e muito se temeu pela saúde da imperatriz que poderia ter sofrido um aborto e morrido, mas no dia 13 de julho ela deu à luz, sem maiores complicações, a uma menina que recebeu o nome de Leopoldina Teresa.[1] O Imperador dom Pedro II registrou a morte do filho em carta à madrasta, a imperatriz Dona Amélia, datada de 11 de julho de 1847:
"Com a mais pungente dor, participo-lhe que meu caro Afonsinho, seu afilhado, morreu desgraçadamente de convulsões, que lhe duraram cinco horas sem interrupção, no dia 4* do passado, e que há poucos dias Isabelinha se achou no perigo dum forte ataque de convulsões que muito me assustou".[1]
Pedro II nunca esqueceu o filho, e manteve, até o dia em que foi expulso do país em 17 de novembro de 1889, um retrato pintado de Dom Afonso sobre sua mesa de trabalho. Dom Afonso foi sepultado ao lado do tio João Carlos Borromeu no mausoléu do Convento de Santo Antônio.
- Dom Pedro se enganou quanto à data de falecimento do filho, na realidade ocorrida no dia 11 de junho.[1]
[editar]Bibliografia
- BARMAN, Roderick J., Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX, UNESP, 2005.
- LYRA, Heitor, História de Dom Pedro II, v.1, UNESP, 1979.
- DIENER, Pablo e COSTA, Maria de Fátima, Rugendas e o Brasil, Editora Capivara, 2002.
Referências
Precedido por Dona Januária | Príncipe Imperial do Brasil 1845 — 1847 | Sucedido por D. Pedro Afonso |
Família Imperial Brasileira |
Precursores: D. João VI de Portugal | D. Carlota Joaquina |
1.ª geração: D. Pedro I | D.Leopoldina de Áustria | D. Amélia de Leuchtenberg |
2.ª geração: D. Pedro II | D. Teresa de Duas Sicílias | D. Januária Maria | D. Paula Mariana | D. Francisca Carolina D. Maria II de Portugal | D. Maria Amélia |
3.ª geração: D. Isabel Leopoldina | D. Luís Gastão d'Eu | D. Afonso Pedro | D. Leopoldina Teresa | D. Pedro Afonso |
4.ª geração: D. Luísa Vitória | D. Pedro de Alcântara | D. Luís Maria Filipe | D. Antônio Gastão | D. Pedro Augusto | D. Augusto Leopoldo |
5.ª geração em diante: Ramo de Vassouras | Ramo de Petrópolis | Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança |
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